segunda-feira, 25 de junho de 2012

Show Musical Performático Cali Berger e Yimi San


Música com ritmo e coração!
Contribuição sugerida: R$10,00
Local: A Nave. Rua Ptolomeu Bittencourt, 44
Sexta, 29/06, 20hs

sábado, 9 de junho de 2012

Ninjinski – Para dentro do coração da sala




O espetáculo Ninjinski – para dentro do coração de Deus foi apresentado no sábado dia 2 de junho n’A Nave. Um monólogo representado por André Sarturi e dirigido por Ana Luz. O espetáculo me fez retomar a reflexão da importância dos processos.
O teatro, em essência, é uma dízima periódica, no sentindo de que tende para o infinito. Todos os dias que o ator entra em cena, tem a oportunidade de ir um pouco mais além, de recriar, descobrir... Pode, obviamente, não fazer - acomodar-se - mas a possibilidade é latente. Pesquisadores das artes cênicas do século XX trabalharam esse aspecto de forma explicita - o que se chamou de “Work in process” - a aceitação da apresentação teatral como obra inacabada. E o espetáculo Ninjinski segue essa vertente.
A impressão que tive (durante os ensaios a tarde, na hora da apresentação e depois conversando com o grupo) que essa apresentação teve uma importância relevante. O espetáculo foi criado para ser apresentado na rua, pedindo uma determinada postura. Assim, para apresentar n’A Nave, o grupo teve que recriá-lo para sala. Um ato de coragem. Essa mudança radical de espaço abriu um leque de possibilidades que a rua não proporciona: nuances de texto, movimentos sutis, trabalho de detalhes, intimidade sentimental, intenções, que quando interagimos com a imprevisibilidade e a poluição sonora não temos. A rua certamente abre portas para outros aspectos que, aqui, não vem ao caso.
Para fazer um trabalho deste nível precisamos desenvolver algumas qualidades. Qualidades como disciplina, flexibilidade e confiança. O grupo chegou ao espaço e logo começou o trabalho tanto de adaptar o texto - Ana reescreve concentrada-,   transformar o lugar para apresentação jogando com as possibilidades que o espaço dispõem, ver a luz disponível que não é uma luz feita especialmente para o espetáculo, e ensaiar, adaptando movimentos, e, principalmente, intenções que na rua são mais fortes e que para dentro da sala tornam-se exageradas. Para que tudo flua, o ator tem que confiar na pessoa que o conduz (o olhar de fora, o diretor). Não é submissão, pois a submissão é quando não temos consciência do que estamos realizando; estou falando de flexibilidade e disponibilidade para experimentação a partir da obediência e confiança.
Chamo atenção que embora a proposta seja de construção aberta, de adaptação livre, não é algo de improviso, no sentido de fazer de qualquer jeito. É como o palhaço: não se improvisa um palhaço, se improvisa com o palhaço. No ator há uma maleabilidade em decorrência dos elementos em jogo; no entanto, o personagem tem que estar bem construído. E, no caso, de André Sarturi, era visível a sua dedicação e a propriedade sobre a construção de seu personagem Ninjinski. Ficou evidente que a sala o surpreendeu, e na questão da dízima, foi um novo impulso, o soltar o corpo da beira de um precipício. E o resultado, reverberará na continuação do processo...

Afrocósmica na Nave

Afrocósmica

Dia 09 de junho às 19h.
Contribuição sugerida: 10 reais.

Afrocósmica na Inauguração da Nave

http://www.youtube.com/watch?v=_K9D-LnR8V8&sns=fb


terça-feira, 5 de junho de 2012

Cabo Polônio – um documento poético.


No dia 1 de junho, A nave fez sua estreia do cine clube com o curta-metragem de Gabriel Varalla Groppi chamado Cabo Polônio – entre o céu e o mar. O filme é um documentário em preto e branco que se beneficia da bela paisagem local de Cabo Polônio no Uruguai, utilizando como personagens, famílias de pescadores que tem seu cotidiano ditado pelo ritmo da relação direta com o mar.
         Há uma discussão sólida, principalmente dentro do meio acadêmico audiovisual, em torno da questão “o que é documentário?” E, para falar de Cabo Polônio, nós somos obrigados a considerá-la, já que o filme esteticamente se revela rompendo alguns elementos que caracterizam a estrutura documental. Na filosofia contemporânea já está saturado e, mais que assimilado, que somos um filtro e que percebemos o “real” a partir de nossas referências construídas no convívio social. Quando se manipula uma câmera isto é potencializado, pois, estamos realizando um recorte do que percebemos (e construímos) como “realidade”, decidindo o que queremos revelar e o que queremos ocultar. E, ainda, com edição e trilha obtemos o poder de criar tom, ritmo e clima do nosso discurso (não é mais secreta a linguagem audiovisual, já é de senso comum o poder da edição, sabe-se que com as mesmas imagens podemos criar discursos distintos). Mesmo quando vemos algo que nos parece cotidiano, que tem o ritmo do dia a dia, isso foi construído, o cotidiano no cinema são códigos definidos que nos dão a impressão de cotidiano. Assim, podemos dizer que “o documentário está para ficção, como a ficção está para o documentário”.
         O diretor com Cabo Polônio abre uma porta para a construção da imagem poética e um mergulho em uma escuta interior, livre da dinâmica vida contemporânea ditada pelos relógios da balança financeira, bem conhecida por todos. Junto com a sensibilidade da refinada fotógrafa Andréia Scansani e com notas melancólicas compostas por Daniel Viglietti, o diretor suspende o espectador e o transporta para o ritmo de uma consciência que associo à natureza, em que as roupas do varal não falam do ofício da lavadeira, mas da presença invisível de um vento coreógrafo. Assim, é com todos os personagens que aparecem no filme: seus ofícios são pequenas ações para reforçarem a grandiosidade de uma paisagem desprovida de pressa para se reinventar.  
Em relação aos depoimentos do documentário, nenhum personagem aparece falando diretamente para câmera, proporcionando que as lembranças ganhem um tom imaginário que encontramos em lugares distantes, amarrados - em essência - ao universo ficcional.
Quem, nessa noite de sexta, esperava assistir um documentário (como o conhecemos estruturalmente) foi surpreendido por um poético discurso visual.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dança dos 5 elementos





DANCA DOS CINCO ELEMENTOS

Apresentação: Komala Lyra.
Dia: 8 de junho, às 20h
Local: A Nave.


Convidamos os 5 elementos como guias
Espaço, Ar, Fogo, Água, Terra
Pulsando intensidade dentro e fora de nossos corpos
Ativando os sentidos que nos fazem ver, escutar, tocar, cheirar, sentir o gosto de sal na boca...
Dançamos para convidar a expressão de coração e alma
Dançamos para liberar o corpo em espontaneidade
Dançamos para desenhar formas no espaço em criatividade surpreendente
Dançamos para sentir os nossos órgãos internos mais conscientemente
Dançamos celebrando a vida em plenitude
Dançamos para honrar a beleza de cada ser
Dançamos para invocar silêncio
Espaço oferece liberdade, abrindo percepção alem do tempo
Ar nos alimenta com a respiração
Fogo acende a paixão do coração
Água traz fluidez e flexibilidade
Terra nos dá ritmo e chão firme
Rituais ancestrais-futuristas
Oferendas de inspiração
Que a nossa vida e prática sejam UNIÃO

sexta-feira, 1 de junho de 2012


Dia 1 de junho às 20h.
N'A Nave.

Direção: Gabriel Varalla Groppi


Sábado dia 2 de junho às 20h.
N'A Nave.



Uma reflexão inteligente sobre arte e comércio.

Domingo dia 3 de junho às 18h.
N'A Nave.



Os interessados no Workshops de dança ainda podem se inscrever, Quem perdeu a primeira aula, e tem interesse de fazer as outras, o custo é de R$ 15 por aula.


As Inscrições para as oficinas continuam abertas.
  • Teatro.
  • Percussão.
  • Artesanato sustentável.
  • Circo
  • Bonecos.
  • Expressão corporal.
Informações: (48) 3254 6016/ 9684 0785