O espetáculo O Baú do Grupo Trilho foi transferido do dia 30 de junho para o dia 14 de julho.
Obrigado pela compreensão.
Espaço de arte e cultura! O refinamento do humano. Expressão, conhecimento! Buscar, Existir: A Poesia do indizível. Movimento?!!! Têmpora sutil! Na criação... ...Perenidade do Efêmero...
quarta-feira, 27 de junho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Show Musical Performático Cali Berger e Yimi San
Contribuição sugerida: R$10,00
Local: A Nave. Rua Ptolomeu Bittencourt, 44
Sexta, 29/06, 20hs
quarta-feira, 20 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
sábado, 9 de junho de 2012
Ninjinski – Para dentro do coração da sala
O
espetáculo Ninjinski – para dentro do
coração de Deus foi apresentado no sábado dia 2 de junho n’A Nave. Um
monólogo representado por André Sarturi e dirigido por Ana Luz. O espetáculo me
fez retomar a reflexão da importância dos processos.
O
teatro, em essência, é uma dízima periódica, no sentindo de que tende para o
infinito. Todos os dias que o ator entra em cena, tem a oportunidade de ir um
pouco mais além, de recriar, descobrir... Pode, obviamente, não fazer -
acomodar-se - mas a possibilidade é latente. Pesquisadores das artes cênicas do
século XX trabalharam esse aspecto de forma explicita - o que se chamou de
“Work in process” - a aceitação da apresentação teatral como obra inacabada. E o
espetáculo Ninjinski segue essa
vertente.
A
impressão que tive (durante os ensaios a tarde, na hora da apresentação e
depois conversando com o grupo) que essa apresentação teve uma importância
relevante. O espetáculo foi criado para ser apresentado na rua, pedindo uma
determinada postura. Assim, para apresentar n’A Nave, o grupo teve que
recriá-lo para sala. Um ato de coragem. Essa mudança radical de espaço abriu um
leque de possibilidades que a rua não proporciona: nuances de texto, movimentos
sutis, trabalho de detalhes, intimidade sentimental, intenções, que quando
interagimos com a imprevisibilidade e a poluição sonora não temos. A rua
certamente abre portas para outros aspectos que, aqui, não vem ao caso.
Para
fazer um trabalho deste nível precisamos desenvolver algumas qualidades.
Qualidades como disciplina, flexibilidade e confiança. O grupo chegou ao espaço
e logo começou o trabalho tanto de adaptar o texto - Ana reescreve concentrada-, transformar o lugar para apresentação jogando
com as possibilidades que o espaço dispõem, ver a luz disponível que não é uma
luz feita especialmente para o espetáculo, e ensaiar, adaptando movimentos, e,
principalmente, intenções que na rua são mais fortes e que para dentro da sala
tornam-se exageradas. Para que tudo flua, o ator tem que confiar na pessoa que
o conduz (o olhar de fora, o diretor). Não é submissão, pois a submissão é
quando não temos consciência do que estamos realizando; estou falando de
flexibilidade e disponibilidade para experimentação a partir da obediência e
confiança.
Chamo
atenção que embora a proposta seja de construção aberta, de adaptação livre,
não é algo de improviso, no sentido de fazer de qualquer jeito. É como o
palhaço: não se improvisa um palhaço, se improvisa com o palhaço. No ator há
uma maleabilidade em decorrência dos elementos em jogo; no entanto, o personagem
tem que estar bem construído. E, no caso, de André Sarturi, era visível a sua
dedicação e a propriedade sobre a construção de seu personagem Ninjinski. Ficou
evidente que a sala o surpreendeu, e na questão da dízima, foi um novo impulso,
o soltar o corpo da beira de um precipício. E o resultado, reverberará na
continuação do processo...
terça-feira, 5 de junho de 2012
Cabo Polônio – um documento poético.
No
dia 1 de junho, A nave fez sua estreia do cine clube com o curta-metragem de
Gabriel Varalla Groppi chamado Cabo
Polônio – entre o céu e o mar. O filme é um documentário em preto e branco que
se beneficia da bela paisagem local de Cabo Polônio no Uruguai, utilizando como
personagens, famílias de pescadores que tem seu cotidiano ditado pelo ritmo da
relação direta com o mar.
Há uma discussão sólida, principalmente dentro do meio acadêmico
audiovisual, em torno da questão “o que é documentário?” E, para falar de Cabo Polônio, nós somos obrigados a
considerá-la, já que o filme esteticamente se revela rompendo alguns elementos
que caracterizam a estrutura documental. Na filosofia contemporânea já está saturado
e, mais que assimilado, que somos um filtro e que percebemos o “real” a partir
de nossas referências construídas no convívio social. Quando se manipula uma
câmera isto é potencializado, pois, estamos realizando um recorte do que
percebemos (e construímos) como “realidade”, decidindo o que queremos revelar e
o que queremos ocultar. E, ainda, com edição e trilha obtemos o poder de criar tom,
ritmo e clima do nosso discurso (não é mais secreta a linguagem audiovisual, já
é de senso comum o poder da edição, sabe-se que com as mesmas imagens podemos
criar discursos distintos). Mesmo quando vemos algo que nos parece cotidiano,
que tem o ritmo do dia a dia, isso foi construído, o cotidiano no cinema são
códigos definidos que nos dão a impressão de cotidiano. Assim, podemos dizer
que “o documentário está para ficção, como a ficção está para o documentário”.
O diretor com Cabo
Polônio abre uma porta para a construção da imagem poética e um mergulho em
uma escuta interior, livre da dinâmica vida contemporânea ditada pelos relógios
da balança financeira, bem conhecida por todos. Junto com a sensibilidade da refinada
fotógrafa Andréia Scansani e com notas melancólicas compostas por Daniel
Viglietti, o diretor suspende o espectador e o transporta para o ritmo de uma
consciência que associo à natureza, em que as roupas do varal não falam do
ofício da lavadeira, mas da presença invisível de um vento coreógrafo. Assim, é
com todos os personagens que aparecem no filme: seus ofícios são pequenas ações
para reforçarem a grandiosidade de uma paisagem desprovida de pressa para se
reinventar.
Em
relação aos depoimentos do documentário, nenhum personagem aparece falando
diretamente para câmera, proporcionando que as lembranças ganhem um tom
imaginário que encontramos em lugares distantes, amarrados - em essência - ao
universo ficcional.
Quem,
nessa noite de sexta, esperava assistir um documentário (como o conhecemos
estruturalmente) foi surpreendido por um poético discurso visual.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Dança dos 5 elementos
DANCA DOS CINCO ELEMENTOS
Apresentação: Komala Lyra.
Dia: 8 de junho, às 20h
Local: A Nave.
Convidamos os 5 elementos como guias
Espaço, Ar, Fogo, Água, Terra
Pulsando intensidade dentro e fora de
nossos corpos
Ativando os sentidos que nos fazem
ver, escutar, tocar, cheirar, sentir o gosto de sal na boca...
Dançamos para convidar a expressão de
coração e alma
Dançamos para liberar o corpo em
espontaneidade
Dançamos para desenhar formas no
espaço em criatividade surpreendente
Dançamos para sentir os nossos órgãos
internos mais conscientemente
Dançamos celebrando a vida em
plenitude
Dançamos para honrar a beleza de cada
ser
Dançamos para invocar silêncio
Espaço oferece liberdade, abrindo
percepção alem do tempo
Ar nos alimenta com a respiração
Fogo acende a paixão do coração
Água traz fluidez e flexibilidade
Terra nos dá ritmo e chão firme
Rituais ancestrais-futuristas
Oferendas de inspiração
Que a nossa vida e prática sejam
UNIÃO
sexta-feira, 1 de junho de 2012
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